Cavaleiros de Bronze: Artigo sobre "decadência moral" da industria de animes repercute no Japão.

15 de jan. de 2025

Artigo sobre "decadência moral" da industria de animes repercute no Japão.

No dia 12 de janeiro, um artigo sobre situação atual da industia de animes foi publicado no portal de notícias chinês Sohu. E as críticas fortes as animoções japonesas modernas, em comparação a uma suposta era de ouro, estão repercutindo em diversos sites japoneses.

Saint Seiya

Conforme já citado, o autor do artigo separa os animes em duas eras: Era de Ouro (1978-1989) e Era Moderna (2001 até o presente).

Segundo o autor, a Era de Ouro coincide com a bolha económica no final da era Showa. Momento este que a industria japonesa de animação era muito superior a de outros países. Nesta época, as principais obras alcançaram padrões muito elevados  em termos de arte, inovação e crítica social, criando uma reputação internacional para animação japonesa. Alguns dos animes destacados pelo autor são Dragon Ball, Saint Seiya e Galaxy Express 999. O artigo destaca que tanto diretores veteranos, como novatos, contribuíram com seus estilos visuais únicos, além de mensagens e temas que eles desejaram transmitir. Estes diretores conseguiram tornar temas como Mitologia e Magia maintream, e também referenciar a literatura fantástica Ocidental. Ao mesmo tempo, se concentraram em questões sociais da época e na natureza humana. 

Do ponto de vista social, “o próprio anime foi reconhecido e tornou-se parte da cultura dominante. O número de espectadores, não apenas crianças, mas também adultos, aumentou e foram formadas interações entre fãs com gostos e interesses diferentes”.

Já no começo do século 21, apesar de algumas ressalvas, o autor comenta que este foi o momento que iniciaram os problemas com a animação japonesa. Apesar de ser a época em que os animes se tornaram mais populares ao redor do mundo, o autor nota que  “as obras começaram a mostrar uma tendência à homogeneização e à vulgarização. À medida que a concorrência no mercado se intensificou, muitas produtoras começaram a repetir padrões de sucesso para satisfazer o gosto dos espectadores”. Foi ai que histórias do subgênero "harém" começaram a se proliferar, histórias estas que careciam de profundidade e inovação, não tendo charme e nem individualidade.

Em seguida, “as obras começaram a se inclinar para o entretenimento e o consumismo. À medida que as demandas dos espectadores se tornaram mais diversificadas, a ênfase foi colocada nos efeitos visuais e na estimulação emocional, com a lógica e a qualidade da história ficando em segundo plano. Também houve um aumento de obras com maior apelo ao sexo e à violência, como High School of the Dead e BLEACH.

Do ponto de vista social, ``O anime perdeu seu significado e valor cultural e passou a ser usado como uma ferramenta para escapar da realidade. À medida que a economia do Japão piora, muitos jovens se sentem desamparados e sem esperança em relação ao futuro.'' Perdidos, eles começaram a buscar consolo e satisfação através dos animes. Isso levou à criação ou agravamento de vários problemas sociais, como a cultura otaku, lolicon e hikikomori.

No final, o artigo afirma: “Durante a Era Moderna, o número de produções de anime aumentou e alcançou sucesso internacional, mas a qualidade diminuiu e a cultura também regrediu. Isto contrasta fortemente com um período glorioso e levanta preocupações e considerações sobre o futuro da animação japonesa." 

Matéria compeleta: Biglobe






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